quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Licitação dos ônibus na Cidade - E-mail de leitor

É lamentável o desfecho da concorrência de concessão de linhas de ônibus na Cidade.
Na prática, ficaremos nas mãos das mesmas empresas de sempre.
A Prefeitura não soube preparar a licitação. Deveria ter desmembrado linhas operadas por uma mesma empresa que atuam num mesmo circuito.
Vejam o exemplo da linha Rodoviária-Barra da Tijuca, que serve a usuários tijucanos que querem ir ao Barrra Shopping.
A linha 233/234 tem 6 trajetos diferentes ligando a Rodoviária à Barra Tijuca. Trata-se de um monopólio horroroso para o usuário da Viação Tijuquinha, com mazelas como longa espera nos pontos, recusa a pegar passageiros no Barra Shopping e por aí vai.
Também na Tijuca, a linha Saens Pena-Pavuna 665 sofre do mesmo problema: muitos trajetos diferentes operados pela mesma empresa com ponto irregular na pracinha improvisada na confluência da Rua Barão de Mesquita com a Rua Santa Sofia.
Pelas regras da concorrência, deverá haver um novo plano com remanejamento de linhas. Esse plano não deveria ter vindo antes?! O morador da Tijuca tem de ser ouvido. O bairro sofre com excesso de linhas e de carros em trânsito, acúmulo de carros nos pontos, abuso nas paradas, poluição e por aí vai.
A Prefeitura preocupou-se com a badalação política do bilhete único e esqueceu detalhes das linhas que, duvido, terão uma solução adequada.
Acredito que os concorrentes paulistas trariam sangue novo ao serviço de ônibus da Cidade, dominado, de longa data, pelos mesmos empresários, que bancam eleições na Câmara de Vereadores e na Assembléia Legislativa do Estado para barrarem qualquer lei contra os seus interesses.

2 comentários:

  1. O ponto final do 665 na Santa Sofia é um mafuá! Devia ser proibido o que é feito por ali. Uma bagunça horrorosa, sujeira, filas gigantescas - justamente porque a linha oferece diferentes rotas. Coitado do Umas&Ostras, um restaurante daquela categoria enfurnado numa praça totalmente maltratada.

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  2. Olha. Minha opinião é que a iniciativa privada deveria apenas operar o sistema que deveria ser definido e fiscalizado intensamente pela Prefeitura.

    O operador também deveria ser remunerado pela qualidade do serviço, e não pelas passagens pagas em si.

    O Transporte publico não é uma atividade que precisa de concorrencia, ele não é um serviço opcional. Ele é a espinha dorsal que faz uma cidade funcionar e por isso precisa da intervenção do estado.

    Não que eu ache que deve ser estatal, pois acho que a iniciativa privada tem mais capacidade para manajar os serviços, mas a maneira como esse serviço é passado pra iniciativa privada é que tem que ser muito bem elaborada. E como podemos ver nao esta. Triste isso.

    O Rio tinha a oportunidade de dar um salto, mas vamos somente dar um passinho.

    www.caoscarioca.com.br

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