quarta-feira, 23 de junho de 2010

A saga das Obras intermináveis

Há anos o Rio vem sofrendo com obras intermináveis, muitas desnecessárias e outras tantas reincidentes. Corta-se um bairro inteiro para uma obra da CEG. Depois, corta-se novamente para uma obra da Light. Depois se corta novamente por causa de um vazamento e assim vai...
É obra em todo canto, cercada por tapumes brancos e vermelhos velhos caídos, podres, sem qualquer sinalização decente, respeitosa e clara. Na maioria das vezes nem sabemos o porquê de tais obras. A única coisa que sabemos e sentimos na pele é a zona, o trânsito, a poeira, o barulho e as ruas e calçadas sendo destruídas.
Vão-se obras, ficam os rasgos na calçada e na rua. Ganhamos novos remendos que não durarão muito. As calçadas perdem sua uniformidade com um rasgo de cimento e aos poucos vão se esfacelando. Ai a Prefeitura vem e multa o dono da casa em frente a calçada... Bom, nada como uma historia em quadrinhos para ilustrar bem algo que não termina nunca!
Mas afinal, o que a prefeitura gosta mesmo é de uma obra. Obra traz voto. Às vésperas de uma eleição colocam todas as obras ao mesmo tempo e espalham ridículas propagandas políticas como se fossem meros informativos dizendo que estão fazendo obras como o Asfalto Liso, que mal começou. Não custa lembrar a todos que RECAPEAR RUAS NÃO É OBRA NOVA, É MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO! A mesma conservação que faz quebrar calçadas para fincar placas da Prefeitura. A mesma conservação que quebra uma rua inteira e depois colocam um talho de remendo asfalto ha 10 cm do nível da rua! Andem pela Grande Tijuca e verão que quase todas as ruas possuem obras, reparos, buracos abertos, tapumes e o trânsito caótico devido às obras constantes.

Um comentário:

  1. A cidade inteira é assim.
    Abrem e remendam como a cara deles. Serve de desculpa pra gastar mais dinheiro refazendo a calçada ou a rua depois que estiver toda esfacelada.
    Antes construissem galerias subterrâneas por onde pudessem passar as tubulações, linhas e águas pluviais. Desta forma ficariam todas acessíveis, raramente necessitando esburacar a calçada para fazer um reparo. Além disso, pelo simples fato de não ficarem enterrados, suportando o peso dos carros e tudo mais, as tubulações estariam bem menos sujeitas a rompimento.

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