Carrefour: moradores reagem e prefeitura responde
A possível transferência das 400 famílias da Favela Indiana para o antigo Carrefour, na Rua Conde de Bonfim, na Usina - anunciada pelo secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, na edição de 13 de agosto do GLOBO-Tijuca -, caiu como uma bomba aos ouvidos dos tijucanos. Os protestos no site Bairros.com variaram de sugestões de alternativas a críticas exaltadas. Moradores disseram preferir que, em vez do conjunto habitacional, a loja, desativada em 2005, abrigue um centro cultural.O engenheiro Sergio da Silva, pai de um aluno do Colégio Marista São José, ao lado do Carrefour, teme que, com o tempo, o poder público abandone o conjunto residencial: - Moradores da Indiana têm direito a lugar digno. Não há como urbanizar a comunidade. Mas não sei se transferi-los para o Carrefour é a melhor solução. Com a falta de continuidade das políticas públicas, o espaço pode virar outro ponto de degradação, na principal rua da Tijuca. Seria como levar moradores do Santa Marta para a Voluntários da Pátria, em Botafogo, ou os do Vidigal para a Visconde de Pirajá, em Ipanema.
A cabeleireira Lilian Barreto, moradora da Usina, é mais radical:
- Os moradores da Usina não vão deixar isso acontecer. Já há gente organizando um abaixo-assinado que será enviado ao prefeito. Começa com um conjunto habitacional, daqui a pouco vira bagunça, forma-se uma nova favela na Tijuca.
Secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar lembra que suas ações são baseadas na legislação municipal e que o desconforto com a realocação dos moradores da Indiana, pode soar como preconceito.
- Deve-se lembrar que a Lei Orgânica do Município determina que, em caso de reassentamento, os cidadãos devem ser removidos para uma área próxima do lugar em que moravam. E depois, quem trabalha como empregada doméstica, porteiro e lavadores de carros nas residências da Tijuca? São os moradores das favelas da região. Preferem mesmo que eles se mudem para Santa Cruz? -pergunta o secretário, salientando que ainda não definiu o Carrefour como destino final dos moradores da Indiana.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Grupo Tijuca não se opõe a transferência das famílias de Indiana para o Carrefour por preconceito. Nos opomos a péssima troca de um grande empreendimento que poderia tomar o lugar trazendo desenvolvimento para a região, empregando centenas de pessoas, inclusive da comunidade como fazia o Carrefour, por um condomínio popular. Esta área já está degradada demais, tanto que o Carrefour fechou as portas e até hoje nenhum empreendimento tomou seu lugar.
ResponderExcluirA Prefeitura precisa cuidar da região, para que um Shopping, por exemplo, se interesse no local e se instale ali, beneficiando tanto a comunidade carente quanto os demais moradores do bairro, o comércio, os bares, etc.
A Tijuca já é um lugar feio e sujo.
ResponderExcluirAgora inrustir a favela por conjunto habitacional não dá.
O Carrefour fechou pois era assaltado regularmente pelo menos uma vez por semana. Nenhum comércio se instalará ali novamente. Nenhum. Pode acreditar. Nenhum shopping vai se erguer ali. Mesmo com todo o aparato de segurança privada, o Carrefour não resistiu.
ResponderExcluirNenhuma empreiteira quer gastar dinheiro pra demolir aquilo e fazer um prédio com unidades caras de frente para o Borel. Os especuladores não se interessam pela área.
Talvez a proposta de habitação popular seja a única que possa entrar em prática ali. Esqueçam a iniciativa privada. Ninguém quer aquilo pra nada.
puro preconceito elitista. um monte de desculpas esfarrapadas com medo de desvalorizar os imóveis do local com um conj. hab. Como se a Tijuca fosse uma redoma de vidro.
ResponderExcluirUm sujeito trabalha,ganha um dinheiro, compra um aprtamento,pagandoem 20 anos,apavorado sempre com as mudanças nas regras de reajuste das prestaçoes contra as do seu salario. Vem um outro cara e simplesmente constroe uma casa sem nenhuma segurança no terreno qualquer que nao e dele,roubado portanto,e e´ tratado como um coitadinho. Amanha aparece um demagogo qualquer e,com o dinheiro do iptu do primeiro, desapropria um imovel por um preço que permita mil e uma comissoes que esta desativado por causa de diversos barracos vizinhos e nele coloca os coitadinhos depois de naturalmente uma boa reforma sobrefaturada.
ResponderExcluirEles chamam isso de administrar a cidade.
o povo brasileiro e mesmo muito preconceituoso.Nao acredito que as pessoas possam ser tao sujas a esse ponto. Moro na favela indiana, nao porque eu quero e sim porque nao tenho condicoes para morar em um lugar melhor, nao sou traficante, nao trabalho pro trafico nem eu e nem minha familia. Posso garantir que 90 porcento da populacao da comunidade sao pessoas honestas, trabalhadoras, que infelizmente nao tiveram oportunidades, porque no pais que vivemos so vence que tem Q.I. ( quem indique) e um absurdo o que essas pessoas que nasceram em berco de ouro ou ate mesmo tiveram oportunidades boas na vida acham que os moradores das favelas sao meliantes, isso e preconceito e pessoas que pensam assim nao sao seres humanos e sim monstros que so pensam em si e nao nos outros.
ResponderExcluirBem, vamos lá !!! Certamente vc que se diz morador da cita favela não deve ser de origem carioca ou se o for seus pais não o são logo viajaram para esta cidade sem nenhuma pespectiva de moradia. Com esta construção eu te pergunto.... Quem deu a liberdade ou o direito de construir em local que não o pertence ? Pense nisto..... Sou ex morador do Borel, sofri com as mesmas dificuldades que vc e nem por isso sou conivente com tal pensamento que vc expressa pois estudei e constuí meu desenvolvimento simplesmente quebrando um ciclo vicioso de sub emprego !!! Faça o mesmo !!!!!
ResponderExcluirReacionários sem consciência de classe! Triste, muito triste!
ResponderExcluir"O sol é pra todos mais a sombra é pra quem merece"
ResponderExcluirOportunidade é o que não falta, bem ou mal o governo Lula distribuiu e distribui bolsas e mais bolsas para pessoas necessitadas se alimentarem, sobreviverem e estudarem. Não sou partidário do PT muito menos do Lula, só o dei como exemplo para terem noção que existem chances de dar a volta por cima. Acho válido dar a pessoas que REALMENTE não tem condições de adquirir um imóvel em um local decente mais sabemos muito bem que daqui a algum tempo aquilo será deixado de mão e quem irá adotar? O tráfico. Pronto, mais uma favela pra gerar mais violência.
É ótimo tentar criar soluções para minimizar a pobreza e a desigualdade social mas e a longo prazo? Funciona?
É fato e já foi dito aqui que nenhum empreendimento será aberto naquele local pelos fatores que todos nós já sabemos. A área da Usina precisa de cuidados especiais naquele local, porque não criar uma unidade policial ali? Sugestão somente. Tem tantas favelas, pra que criar mais uma que futuramente se tornará uma?
Eu temo por isso.
Por um lado acho interessante mas vendo além sei que o poder público não cuidará dali.
A população precisa é de segurança!
Aí vai beneficiar moradores da região, tanto os do morro quanto os que moram nos prédios vizinhos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluira "favela idiana" citada em varios comentarios acima, merece esse cuidado. os moradores dali sofrem muito com a condição de moradia, e ja lhes foi prometido a muitos anos a remoção dos mesmos para um local próximo e mais digno. o antigo carrefour é uma ótima opção. tambem temos o espaço da antiga fiat, que está abandonado lá, com cachorros e sem nenhum uso. temos como levar a dignidade a esses moradores sim.
ResponderExcluir